Postado em quarta-feira, 4 de junho de 2008

ONGs propõem sacolas ecológicas para Alfenas

A substituição das convencionais sacolas plásticas pelas biodegradáveis está sendo proposta por entidades como alternativa viável ao meio ambiente.


Alessandro Emergente

A substituição das convencionais sacolas plásticas, utilizadas no comércio de Alfenas, pelas biodegradáveis está sendo proposta por entidades da cidade como alternativa viável ao meio ambiente. A iniciativa já foi adotada em outras cidades do País e é vista como uma opção viável pelas ONGs locais.

No mês passado, três entidades encaminharam um ofício à Câmara Municipal solicitando a adesão a prática em prol do meio ambiente. Sugerem a elaboração de um projeto de lei pelo Poder Legislativo que determine a substituição das tradicionais sacolas de plásticos pelas ecológicas – de papel, tecido ou de material oxi-biodegradável.

“O descarte indiscriminado de materiais plásticos na natureza, tornou o comerciante e o consumidor um colaborador ativo de um dano ambiental de grandes proporções”, argumentam as entidades em oficio enviado à Câmara. Três ONGs assinam o documento. São elas, a Aldha (Associação pela Liberdade dos Direitos Humanos e Ambientais), Aprodecon (Associação pela Defesa dos Consumidores de Alfenas e Região) e MGA (Movimento Gay de Alfenas).

Enquanto as sacolas convencionais levam 500 anos para se decomporem, as biodegradáveis têm um tempo estimado bem menor: 2 anos. “Também retarda o processo de degradação dos resíduos que estiverem em seu interior resultando em uma grande perca de espaço nos aterros sanitários”, argumentam as ONGs ao se referirem as sacolas convencionais utilizadas para armazenar o lixo domestico.

Prática Adotada

A discussão não é restrita. Desde o inicio do ano, o governo chinês proibiu o uso de sacolas convencionais e, a partir deste mês, os comerciantes só poderão embalar produtos em sacolas biodegradáveis.

No Brasil o processo de substituição está sendo discutido em vários municípios. Bem próximo de Alfenas, a Câmara Municipal de Pouso Alegre aprovou recentemente uma lei que determina o uso das sacolas ecológicas pelo comércio. No ano passado, Ribeirão Preto, interior de São Paulo, também aprovou uma lei semelhante.

Nesta terça-feira, o Diário Oficial de Goiás trouxe a nova lei que obriga o uso das sacolas ecológicas em todo o Estado. A lei, assinada pelo governador Alcides Rodrigues, entra em vigor dentro de um ano, ou seja, em 3 de junho de 2009, quando haverá a substituição das sacolas tradicionais pelas ecológicas.

“É um processo lento que exige paciência. É preciso começar agora para obter resultados a longo prazo”, explica o ambientalista Evandro Roberto Tagliaferro, em entrevista ao jornal Bom Dia Ribeirão Preto, ao comentar sobre a adoção do novo material. Tagliaferro é diretor da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública.

Segundo informações no site da Câmara dos Deputados, no Brasil são distribuídas 12 bilhões de sacolas plásticas por ano, nos supermercados. Estima-se que cada brasileiro utiliza 66 sacolas mensalmente. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informam que mais de um milhão de toneladas desse produto vira lixo no Brasil.



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